Tragédia no lar (Castro Alves)

"...Eu sou como a garça triste 
que mora a beira do rio, 
As orvalhadas da noite
me fazem tremer de frio.


Me fazem tremer de frio 
como os juncos da lagoa;
Feliz da araponga errante
que é livre, que livre voa. 


Que é livre, que livre voa
para as bandas do seu ninho,
E nas braúnas a tarde
canta longe do seu caminho.


Canta longe do seu caminho,
por onde o vaqueiro trilha
Se quer descansar as asas 
tem a palmeira, a baunilha.


Tem a palmeira, a baunilha,
tem o brejo, a lavadeira,
tem as campinas, as flores,
tem a relva, a trepadeira.


Todas tem os seus amores, 
eu não tenho mãe nem filhos,
nem irmão, nem lar, nem flores."






Acho lindo esse trecho do poema *-* e identifico-me muito em alguns momentos. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário